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Teoria da Conspiração
(too old to reply)
Luis Baptista
2003-11-17 15:22:54 UTC
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Teoria da Conspiração

O filme Teoria da Conspiração, datado de 1997, procura abordar de forma
clara e objectiva a clássica ideia de que, quando algo de importante ocorre
no mundo, há inevitavelmente uma prévia orquestração de índole política,
económica ou equivalente. Mais concretamente, que por trás do amplo palco
que é a vida pública, há sempre uma cortina que esconde os jogos que nos
bastidores ocorrem.

Assim, Jerry Fletcher (Mel Gibson) é um taxista Nova-Iorquino, assombrado
periodicamente por alucinações e perdas de memória. Jerry vê em quase tudo
que o rodeia uma conspiração, escrevendo um jornal (que tem cinco
assinantes) em que explana as suas teorias. Alice Sutton (Julia Roberts) é
uma agente do Departamento de Justiça do Governo que vive atormentada pela
misteriosa morte do seu pai. Alice é frequentemente procurada no seu emprego
por Jerry, que afirma confiar só nela. Jerry tem, na verdade, uma paixão
platónica por Alice e tenta estar o maior tempo possível perto dela. Apesar
de lhe contar as suas teorias, é óbvio que Alice não acredita em Jerry,
tendo mesmo dúvidas (assim como todas as pessoas) acerca da sua sanidade
mental. O que é certo é que tudo se complica quando quatro dos cinco
assinantes do jornal de Jerry são assassinados e há uma perseguição sem
tréguas no sentido de o capturar. Sem querer (ou não), Alice vê-se envolvida
em toda esta confusão e correrá riscos perigosos.

No fundo, este filme, realizado por Richard Donner, tenta construir e
explanar uma teoria da conspiração tendo por base as ideias e a
personalidade de Jerry. Sendo discutível esta opção, o que é certo é que
neste aspecto o filme falha rotundamente. Se o objectivo era construir uma
teoria da conspiração com um mínimo de credibilidade, esse objectivo não
foi, nem de perto nem de longe, alcançado. A forma como o argumento é
construído faz lembrar aqueles alunos de matemática que, ouvindo o resultado
de uma complexa equação que não sabem resolver no decorrer de um exame,
procuram tentar inventar um caminho para chegar àquele resultado. A cotação,
dada por um professor minimamente atento e competente, só pode ser "zero",
tendo em conta que o aluno demonstrou não saber resolver a questão. Aqui a
cotação não será "zero" porque o filme também tem algumas virtudes que não
podem ser escamoteadas. Assim, cumpre salientar a excelente interpretação de
Mel Gibson e a competente interpretação de Julia Roberts. Depois, quer a
realização quer a montagem conseguem manter algum suspense até final,
prendendo, assim, o espectador. Finalmente, apesar da sua inverosimilhança,
o argumento tem algum interesse, assentando num conjunto de pressupostos
inteligentes. É, por isso, com alguma decepção que constatamos a falta de
habilidade narrativa e a mediocridade de grande parte do argumento. E neste
ponto não é despiciendo falar na introdução (desnecessária) do tema romance,
e nas pouco fundamentadas razões da conspiração. No fundo, a certa altura,
parece que o filme relega para segundo plano o tema da conspiração, como que
admitindo a sua incapacidade para o aprofundar com coerência e inteligência.
As mais das vezes, o filme acaba por entrar num inesperado (e indesejado)
convencionalismo.

Portanto, respondendo à questão inicialmente colocada, podemos dizer que
não: na verdade, o que nos foi apresentado foi uma atabalhoada, pouco
fundamentada e inverosímil teoria. Concluindo, tudo somado, o saldo é
negativo. Este é um filme fracassado. Por isso, tal como o professor que
avalia a resolução da equação, teremos que concluir pela negativa. mas não o
zero.


Classificação: ** (nota 4/10)

João Ricardo Branco

in http://cinejrb.blog-city.com/read/214753.htm

Cumprimentos
Luís Baptista
TheOldMan
2003-11-17 15:38:03 UTC
Permalink
Post by Luis Baptista
João Ricardo Branco
in http://cinejrb.blog-city.com/read/214753.htm
Cumprimentos
Luís Baptista
Francamente já começo a deitar esta merda pelos olhos...

Vir para aqui fazer publicidade a Blogs e páginas net, não só é de uma
absoluta falta de chá, como é comparável a saloice do Swarzenegger que
durante as entrevistas fazia publicidade ao "Planet Hollywood" .

Se quiserem ofender-se com isto... tábem!

TheOldMan
João M. S. Silva
2003-11-17 15:51:10 UTC
Permalink
Post by TheOldMan
Vir para aqui fazer publicidade a Blogs e páginas net, não só é de uma
Não percebo porque é que isso dos blogs só apareceu agora. A tecnologia
necessária para tal existe desde o início da Internet.
TheOldMan
2003-11-17 20:28:58 UTC
Permalink
Post by João M. S. Silva
Não percebo porque é que isso dos blogs só apareceu agora. A tecnologia
necessária para tal existe desde o início da Internet.

Mas agora é que é gratuito devido á publicidade.

TheOldMan
João M. S. Silva
2003-11-17 21:53:13 UTC
Permalink
Qualquer pessoa agarra num editor de texto (vi, emacs, etc.) e escreve
uma página em HTML.

Nessa página pode colocar aquilo que le apetecer, seja um log, seja o
que for.

Depois basta colocar a página online numa qq máquina com ligação à rede
ou usar o serviço que o ISP deispõe para tal.
SOD, o Pérfido
2003-11-17 22:38:43 UTC
Permalink
"Jo�o M. S. Silva" <***@APAGARalgos.inesc.pt> escreveu na mensagem news:erbub.251$***@newsserver.ip.pt...
| Qualquer pessoa agarra num editor de texto (vi, emacs, etc.) e escreve
| uma página em HTML.
|

Qualquer?! Qualquer pessoa tem Windows...

| Nessa página pode colocar aquilo que le apetecer, seja um log, seja o
(...)
| ou usar o serviço que o ISP deispõe para tal.

Qualquer pessoa sabe isso. Para quê tanta explicação?!...
João M. S. Silva
2003-11-17 22:53:41 UTC
Permalink
Post by SOD, o Pérfido
Qualquer?! Qualquer pessoa tem Windows...
Sim, como o vi e o emacs são gratuitos... Se preferires: notepad,
wordpad, word, frontpage, etc.
Post by SOD, o Pérfido
Qualquer pessoa sabe isso. Para quê tanta explicação?!...
Hum?
SOD, o Pérfido
2003-11-18 00:22:04 UTC
Permalink
"Jo�o M. S. Silva" <***@APAGARalgos.inesc.pt> escreveu na mensagem news:Wjcub.254$***@newsserver.ip.pt...
|
| Sim, como o vi e o emacs são gratuitos... Se preferires: notepad,
| wordpad, word, frontpage, etc.
|

Eu prefiro o que qualquer pessoa prefere...

|
| Hum?

Não o que responder...
Darwin
2003-11-19 23:36:11 UTC
Permalink
On Tue, 18 Nov 2003 00:22:04 -0000, SOD, o Pérfido
Post by SOD, o Pérfido
|
| Sim, como o vi e o emacs são gratuitos... Se preferires: notepad,
| wordpad, word, frontpage, etc.
|
Eu prefiro o que qualquer pessoa prefere...
Muito bem, se és feliz assim.
Post by SOD, o Pérfido
|
| Hum?
Não o que responder...
Tu é que não percebeste o encadeamento do post, que era uma resposta ao
TheOldMan,
que afirmava que só agora é que os blogs eram gratuitos, devido à
publicidade.
--
-darwin-

Using M2, Opera's revolutionary e-mail client: http://www.opera.com/m2/
Darwin
2003-11-19 23:33:39 UTC
Permalink
On Mon, 17 Nov 2003 21:53:13 +0000, João M. S. Silva
Post by João M. S. Silva
Qualquer pessoa agarra num editor de texto (vi, emacs, etc.) e escreve
uma página em HTML.
Nessa página pode colocar aquilo que le apetecer, seja um log, seja o
que for.
Depois basta colocar a página online numa qq máquina com ligação à rede
ou usar o serviço que o ISP deispõe para tal.
Nem mais.
--
-darwin-

Using M2, Opera's revolutionary e-mail client: http://www.opera.com/m2/
Darwin
2003-11-19 23:33:12 UTC
Permalink
Post by João M. S. Silva
Post by João M. S. Silva
Não percebo porque é que isso dos blogs só apareceu agora. A tecnologia
necessária para tal existe desde o início da Internet.
Mas agora é que é gratuito devido á publicidade.
Desde sempre que é gratuito.

Antes da Internet se generalizar as Universidades disponibilizavam, regra
geral,
um espaço gratuito *sem publicidade* para alojamento das páginas dos
alunos,
por exemplo diários online (eu cheguei a ver alguns).

Após a utilização generalizada pelos 'home users', os ISPs, mais uma vez
regra
geral, disponibilizaram espaços gratuitos, e mais uma vez *sem
publicidade*,
aos seus clientes para alojamento web, por exemplo de diários online.

Essa história de que a publicidade é que paga a Internet é um mito.

Estou em crer que na realidade a publicidade é mesmo um dos maiores
falhanços
entre as implementações transportadas do mundo real e tentadas na Internet.

Em relação aos blogs, o boom actual tem muito a ver com os portais que se
especializaram em disponibilizar ferramentas que tornam a gestão de um blog
extremamente fácil e apelativa.

Eu não tenho nada de especial contra blogs, e embora não seja grande fã,
até
já tenho consultado alguns deles, muitas vezes até por motivos
profissionais.

Tenho tudo contra, sim, a ideiazinha bacoca que alguns dos seus autores
têem
que toda a gente está automaticamente interessada em ler o que escreveram,
já que tiveram esse trabalho.
--
-darwin-

Using M2, Opera's revolutionary e-mail client: http://www.opera.com/m2/
Darwin
2003-11-19 23:21:41 UTC
Permalink
On Mon, 17 Nov 2003 15:51:10 +0000, João M. S. Silva
Post by João M. S. Silva
Post by TheOldMan
Vir para aqui fazer publicidade a Blogs e páginas net, não só é de uma
Não percebo porque é que isso dos blogs só apareceu agora. A tecnologia
necessária para tal existe desde o início da Internet.
E não apareceram agora.
Já vejo diários online desde o início da WWWeb, no início dos anos 90
(cerca de
mais de 20 anos depois do início da Internet, aliás).
Simplesmente só agora é que a moda pegou entre o povão.

Olha, o spam, por exemplo, levou mais tempo:
Mais de 20 anos entre o 1º spam conhecido e a sua generalização.
--
-darwin-

Using M2, Opera's revolutionary e-mail client: http://www.opera.com/m2/
Lena Martins
2004-04-01 00:27:41 UTC
Permalink
Post by João M. S. Silva
Não percebo porque é que isso dos blogs só apareceu agora. A
tecnologia necessária para tal existe desde o início da Internet.
So' o nome blog e' que nasceu agora. Antes chamava-se pagina pessoal
ou algo no genero. Desde os primordios que o pessoal sempre achou
muito interessante mostrar as fotos dos caezinhos, dos carrinhos, dos
filhinhos, ou contarem o que comeram ao almoco, como se tudo isso
fosse muito interessante.

Lena

Darwin
2003-11-19 23:13:46 UTC
Permalink
On Mon, 17 Nov 2003 15:38:03 -0000, TheOldMan <***@netcabo.pt> wrote:

[..]
Post by TheOldMan
Francamente já começo a deitar esta merda pelos olhos...
Vir para aqui fazer publicidade a Blogs e páginas net
[..]

É aquele tipo de pessoas que tenta desviar qualquer conversa onde estejam
presentes para os produtos Avon, o aspirador milagroso que custa 400
contos,
a Herbalife, a La Redoute, em suma, os chatos.
--
-darwin-

Using M2, Opera's revolutionary e-mail client: http://www.opera.com/m2/
unknown
2003-11-18 17:10:48 UTC
Permalink
Blogs!.......o que é essa merda!...........paleio de pseudo- intelectuais
que julgam ser mais que os outros???????????'
Nota: 90% dos nossos pseudo-intelectuais são paneleiros os outros 10%
cornudos
Post by Luis Baptista
Teoria da Conspiração
O filme Teoria da Conspiração, datado de 1997, procura abordar de forma
clara e objectiva a clássica ideia de que, quando algo de importante ocorre
no mundo, há inevitavelmente uma prévia orquestração de índole política,
económica ou equivalente. Mais concretamente, que por trás do amplo palco
que é a vida pública, há sempre uma cortina que esconde os jogos que nos
bastidores ocorrem.
Assim, Jerry Fletcher (Mel Gibson) é um taxista Nova-Iorquino, assombrado
periodicamente por alucinações e perdas de memória. Jerry vê em quase tudo
que o rodeia uma conspiração, escrevendo um jornal (que tem cinco
assinantes) em que explana as suas teorias. Alice Sutton (Julia Roberts) é
uma agente do Departamento de Justiça do Governo que vive atormentada pela
misteriosa morte do seu pai. Alice é frequentemente procurada no seu emprego
por Jerry, que afirma confiar só nela. Jerry tem, na verdade, uma paixão
platónica por Alice e tenta estar o maior tempo possível perto dela. Apesar
de lhe contar as suas teorias, é óbvio que Alice não acredita em Jerry,
tendo mesmo dúvidas (assim como todas as pessoas) acerca da sua sanidade
mental. O que é certo é que tudo se complica quando quatro dos cinco
assinantes do jornal de Jerry são assassinados e há uma perseguição sem
tréguas no sentido de o capturar. Sem querer (ou não), Alice vê-se envolvida
em toda esta confusão e correrá riscos perigosos.
No fundo, este filme, realizado por Richard Donner, tenta construir e
explanar uma teoria da conspiração tendo por base as ideias e a
personalidade de Jerry. Sendo discutível esta opção, o que é certo é que
neste aspecto o filme falha rotundamente. Se o objectivo era construir uma
teoria da conspiração com um mínimo de credibilidade, esse objectivo não
foi, nem de perto nem de longe, alcançado. A forma como o argumento é
construído faz lembrar aqueles alunos de matemática que, ouvindo o resultado
de uma complexa equação que não sabem resolver no decorrer de um exame,
procuram tentar inventar um caminho para chegar àquele resultado. A cotação,
dada por um professor minimamente atento e competente, só pode ser "zero",
tendo em conta que o aluno demonstrou não saber resolver a questão. Aqui a
cotação não será "zero" porque o filme também tem algumas virtudes que não
podem ser escamoteadas. Assim, cumpre salientar a excelente interpretação de
Mel Gibson e a competente interpretação de Julia Roberts. Depois, quer a
realização quer a montagem conseguem manter algum suspense até final,
prendendo, assim, o espectador. Finalmente, apesar da sua
inverosimilhança,
Post by Luis Baptista
o argumento tem algum interesse, assentando num conjunto de pressupostos
inteligentes. É, por isso, com alguma decepção que constatamos a falta de
habilidade narrativa e a mediocridade de grande parte do argumento. E neste
ponto não é despiciendo falar na introdução (desnecessária) do tema romance,
e nas pouco fundamentadas razões da conspiração. No fundo, a certa altura,
parece que o filme relega para segundo plano o tema da conspiração, como que
admitindo a sua incapacidade para o aprofundar com coerência e inteligência.
As mais das vezes, o filme acaba por entrar num inesperado (e indesejado)
convencionalismo.
Portanto, respondendo à questão inicialmente colocada, podemos dizer que
não: na verdade, o que nos foi apresentado foi uma atabalhoada, pouco
fundamentada e inverosímil teoria. Concluindo, tudo somado, o saldo é
negativo. Este é um filme fracassado. Por isso, tal como o professor que
avalia a resolução da equação, teremos que concluir pela negativa. mas não o
zero.
Classificação: ** (nota 4/10)
João Ricardo Branco
in http://cinejrb.blog-city.com/read/214753.htm
Cumprimentos
Luís Baptista
UMV
2003-11-19 16:30:17 UTC
Permalink
querias dizer de mim o quê, com aquela onomatopeiazinha?
Post by unknown
Blogs!.......o que é essa merda!...........paleio de pseudo- intelectuais
que julgam ser mais que os outros???????????'
Nota: 90% dos nossos pseudo-intelectuais são paneleiros os outros 10%
cornudos
Darwin
2003-11-20 03:17:07 UTC
Permalink
Post by unknown
Blogs!.......o que é essa merda!...........paleio de pseudo- intelectuais
que julgam ser mais que os outros???????????'
Nota: 90% dos nossos pseudo-intelectuais são paneleiros os outros 10%
cornudos
E és capaz de explicar com alguma coerência em que é que afecta a tua
vida, a existência tanto dos primeiros, como dos segundos?
--
-darwin-

Using M2, Opera's revolutionary e-mail client: http://www.opera.com/m2/
Xin Pan Zé
2003-11-26 23:01:15 UTC
Permalink
Tento na Língua, ou neste caso, no teclado...
Post by unknown
Blogs!.......o que é essa merda!...........paleio de pseudo- intelectuais
que julgam ser mais que os outros???????????'
Nota: 90% dos nossos pseudo-intelectuais são paneleiros os outros 10%
cornudos
Post by Luis Baptista
Teoria da Conspiração
O filme Teoria da Conspiração, datado de 1997, procura abordar de forma
clara e objectiva a clássica ideia de que, quando algo de importante
ocorre
Post by Luis Baptista
no mundo, há inevitavelmente uma prévia orquestração de índole política,
económica ou equivalente. Mais concretamente, que por trás do amplo palco
que é a vida pública, há sempre uma cortina que esconde os jogos que nos
bastidores ocorrem.
Assim, Jerry Fletcher (Mel Gibson) é um taxista Nova-Iorquino, assombrado
periodicamente por alucinações e perdas de memória. Jerry vê em quase tudo
que o rodeia uma conspiração, escrevendo um jornal (que tem cinco
assinantes) em que explana as suas teorias. Alice Sutton (Julia Roberts) é
uma agente do Departamento de Justiça do Governo que vive atormentada pela
misteriosa morte do seu pai. Alice é frequentemente procurada no seu
emprego
Post by Luis Baptista
por Jerry, que afirma confiar só nela. Jerry tem, na verdade, uma paixão
platónica por Alice e tenta estar o maior tempo possível perto dela.
Apesar
Post by Luis Baptista
de lhe contar as suas teorias, é óbvio que Alice não acredita em Jerry,
tendo mesmo dúvidas (assim como todas as pessoas) acerca da sua sanidade
mental. O que é certo é que tudo se complica quando quatro dos cinco
assinantes do jornal de Jerry são assassinados e há uma perseguição sem
tréguas no sentido de o capturar. Sem querer (ou não), Alice vê-se
envolvida
Post by Luis Baptista
em toda esta confusão e correrá riscos perigosos.
No fundo, este filme, realizado por Richard Donner, tenta construir e
explanar uma teoria da conspiração tendo por base as ideias e a
personalidade de Jerry. Sendo discutível esta opção, o que é certo é que
neste aspecto o filme falha rotundamente. Se o objectivo era construir uma
teoria da conspiração com um mínimo de credibilidade, esse objectivo não
foi, nem de perto nem de longe, alcançado. A forma como o argumento é
construído faz lembrar aqueles alunos de matemática que, ouvindo o
resultado
Post by Luis Baptista
de uma complexa equação que não sabem resolver no decorrer de um exame,
procuram tentar inventar um caminho para chegar àquele resultado. A
cotação,
Post by Luis Baptista
dada por um professor minimamente atento e competente, só pode ser "zero",
tendo em conta que o aluno demonstrou não saber resolver a questão. Aqui a
cotação não será "zero" porque o filme também tem algumas virtudes que não
podem ser escamoteadas. Assim, cumpre salientar a excelente
interpretação
Post by unknown
de
Post by Luis Baptista
Mel Gibson e a competente interpretação de Julia Roberts. Depois, quer a
realização quer a montagem conseguem manter algum suspense até final,
prendendo, assim, o espectador. Finalmente, apesar da sua
inverosimilhança,
Post by Luis Baptista
o argumento tem algum interesse, assentando num conjunto de pressupostos
inteligentes. É, por isso, com alguma decepção que constatamos a falta de
habilidade narrativa e a mediocridade de grande parte do argumento. E
neste
Post by Luis Baptista
ponto não é despiciendo falar na introdução (desnecessária) do tema
romance,
Post by Luis Baptista
e nas pouco fundamentadas razões da conspiração. No fundo, a certa altura,
parece que o filme relega para segundo plano o tema da conspiração, como
que
Post by Luis Baptista
admitindo a sua incapacidade para o aprofundar com coerência e
inteligência.
Post by Luis Baptista
As mais das vezes, o filme acaba por entrar num inesperado (e indesejado)
convencionalismo.
Portanto, respondendo à questão inicialmente colocada, podemos dizer que
não: na verdade, o que nos foi apresentado foi uma atabalhoada, pouco
fundamentada e inverosímil teoria. Concluindo, tudo somado, o saldo é
negativo. Este é um filme fracassado. Por isso, tal como o professor que
avalia a resolução da equação, teremos que concluir pela negativa. mas
não
Post by unknown
o
Post by Luis Baptista
zero.
Classificação: ** (nota 4/10)
João Ricardo Branco
in http://cinejrb.blog-city.com/read/214753.htm
Cumprimentos
Luís Baptista
Darwin
2003-11-19 23:06:57 UTC
Permalink
Post by Luis Baptista
[..]
negativo. Este é um filme fracassado. Por isso, tal como o professor que
avalia a resolução da equação,
Não vi o filme, por isso não posso avaliar deste juízo.

Mas olha que há muitos caminhos (infinitos?) em matemática para se chegar
ao
resultado de uma equação.
Até pode dar-se o caso de um aluno encontrar um que ainda ninguém usou, e
ser
por isso reprovado por um professor incompetente e ignorante.
Post by Luis Baptista
teremos que concluir pela negativa. mas não o
zero.
Olha que o zero vale mais que a negativa...
Post by Luis Baptista
Classificação: ** (nota 4/10)
--
-darwin-

Using M2, Opera's revolutionary e-mail client: http://www.opera.com/m2/
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