Discussion:
"The Last Samurai", Wenceslau teria gostado
(too old to reply)
Paulo Ferrero
2004-01-12 11:04:09 UTC
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Tendo à partida baixas expectativas quanto a "The Last Samurai", fosse
por força dos últimos trabalhos de Edward Zwick terem deixado muito a
desejar, fosse porque a cara moderna de Cruise dificilmente encaixaria
(e encaixa) naquilo que se exigiria e àquela personagem, naquela
época; foi com redobrada satisfação, e sabor a pouco, que cheguei aos
seus créditos finais.

"The Last Samurai" é essencialmente exemplar (empolgante, mesmo) no
que toca às sequências de acção e aventura, chegando a não perder em
nenhum aspecto com as batalhas épicas e sanguinolentas do cinema
japonês. É mesmo um filme de época brilhante, pela reconstituição
histórica da resistência autêntica à primeira tentativa de
ocidentalização do Japão (que viria a ser um facto 75 anos mais tarde
aquando da sua "MacArthurização"), e pelo choque de civilizações que
nos mostra, sem falsos pruridos e em tom de auto-crítica, sempre.

Mas também é um filme bonito, romântico, sem ser trôpego tanto quanto
o patético "Legends of the Fall". Prodigiosamente fotografado (apesar
de não ter sido no Japão) por John Toll (responsável pela fotografia
de "The Thin Red Line" e "Braveheart", por ex.) e, acima de tudo, com
uma extraordinária música de fundo, mais uma vez de Hans Zimmer.

Isto apesar da quase ausência de Tom Cruise que, não sendo mau actor
(longe disso), é totalmente esmagado pela interpretação sóbria e
omnipresente de Ken Watanabe, num registo que oscila entre Yul Brynner
e Mifune, numa composição de carisma e fragilidade, dignos de um
último samurai. Nesse aspecto, Cruise é personagem secundária, apesar
de nunca roçar a patetice de um Chamberlain ("Shogun").

Acrescente-se, por fim, que "The Last Samurai" serve de exemplo àquilo
que o cinema português poderia e deveria ter feito em homenagem aos
portugueses que estiveram no Japão, mormente a Wenceslau de Moraes,
cujas crónicas sobre os usos e costumes nipónicos serviriam às mil
maravilhas para um filme à escala do que agora Edward Zwick nos dá a
ver. Wenceslau não foi ajudante de samurai mas viveu apaixonadamente o
Japão do princípio do séc.XX, e relatou-nos, como mais ninguém, a
melancolia, mas também a brutalidade da alma japonesa . Como tal, é o
exemplo acabado das limitações do cinema português, de hoje e de
sempre.
PF
http://www.novoodeon.tripod.com
http://novoodeon.tripod.com/blogue
UMV
2004-01-13 12:22:47 UTC
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Wenceslau é o quê, my man?
algum cabeleireiro da tua zona?
Aqui em Olhão é um fotografo
Paulo Ferrero
2004-01-14 16:55:54 UTC
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Post by UMV
Wenceslau é o quê, my man?
algum cabeleireiro da tua zona?
Aqui em Olhão é um fotografo
Se não andasses tão distraído com o Camacho y sus muchaxos, mine,
terias acedido, mine, ao link
(http://www.unicamp.br/~franchet/moraes0.htm), mine, que está em
http://novoodeon.tripod.com/blogue.

O Wenceslau, mine, foi um tuga que se perdeu de amores pelo Oriente e
pelas de olhos em bico, mine. Começou pela China, mine, e foi cair no
Japão, mine. Escreveu dezenas de livros nas primeiras décadas do
séc.XX, sendo o mais famoso "Relance da Alma Japonesa". Tem outros
muito engraçados, mine. Durante a Expo 98, mine foi o recordista de
vendas de livros nos alfarrabistas, vai-se lá a saber por que.

Topas, mine? Vê lá, as gaivotas do Nemo pegaram-me o tique, mine.
Abraço
Paulo
UMV
2004-01-14 18:17:10 UTC
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mine pode ser utilizado para menino em alguns sítios do Algarve, mas na
CAPITAL DO FUTEBOL ALGARVIO aplica-se par aa cerveja, as in "mini".

E cagando pró camax e pró LFV tou eu, volta Vale tás perdoado.
E xa lá que esse engenheiro tb é belo... lá pq ganharem com 2 penaltes
róbades andem ca mania que são alguém, quando taças nem vê-las, só
humilhações em casa... o dias "tou na tv como na tasca" ferreira diz que
aidna nem sabe dizer o nome dos turcos... ah, moss...
Post by Paulo Ferrero
Post by UMV
Wenceslau é o quê, my man?
algum cabeleireiro da tua zona?
Aqui em Olhão é um fotografo
Se não andasses tão distraído com o Camacho y sus muchaxos, mine,
terias acedido, mine, ao link
(http://www.unicamp.br/~franchet/moraes0.htm), mine, que está em
http://novoodeon.tripod.com/blogue.
O Wenceslau, mine, foi um tuga que se perdeu de amores pelo Oriente e
pelas de olhos em bico, mine. Começou pela China, mine, e foi cair no
Japão, mine. Escreveu dezenas de livros nas primeiras décadas do
séc.XX, sendo o mais famoso "Relance da Alma Japonesa". Tem outros
muito engraçados, mine. Durante a Expo 98, mine foi o recordista de
vendas de livros nos alfarrabistas, vai-se lá a saber por que.
Topas, mine? Vê lá, as gaivotas do Nemo pegaram-me o tique, mine.
Abraço
Paulo
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